Em uma segunda feira, 20 de maio de 2019, há pouco mais de um ano, o governador Paulo Câmara ‘lenta’, anunciava a criação do programa CAMINHOS DE PERNAMBUCO, com um orçamento no valor de RS 505.000.000 (quinhentos e cinco milhões de reais), ou seja, meio bilhão destinado à recuperação das estradas em nosso debilitado Estado, abandonado e entregue as baratas pela sua desastrosa administração.
Vejamos o que dizia o programa: recuperar as estradas do Estado até 2022. Este é o objetivo do programa Caminhos de Pernambuco, lançado nesta segunda-feira (20), pelo governo do Estado. Com investimentos de R$ 505 milhões, a ideia é reestruturar a malha viária estadual nos próximos três anos e meio. Cabe observar que, pelo prazo estipulado, não será ele que concluirá. É mais ou menos como um Pacto pela Vida, deixado por Eduardo Campos, e abandonado irresponsavelmente pelo meio do caminho.
No primeiro ano do programa deveriam ser requalificados aproximadamente dois mil quilômetros de rodovias. Segundo o governador Paulo Câmara, os trabalhos seriam iniciados pelas vias mais comprometidas. O programa iria focar na manutenção do pavimento, priorizando ações de manutenção corretiva e preventiva, voltadas para a garantia da trafegabilidade nas estradas, além de maior durabilidade ao pavimento. Segundo a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, o foco do programa também seria melhorar a sinalização das estradas.
A catorze meses do lançamento do programa, quem acompanha as redes sociais ou viaja pelas nossas estradas, tem ideia de como está a nossa malha rodoviária. E não precisa ir muito longe. Basta sair de casa e andar alguns quilômetros seja para Tabira, Sertânia, São José do Egito, Solidão ou qualquer cidade que você sorteie no mapa do Estado. A reclamação é geral e o descaso continua da mesma forma. Quando um governante não merece crédito, a obra já nasce morta. Senão vejamos: como se referir a um programa para 3 anos e meio se as estradas estão acabadas desde já? Só na cabeça dos incautos ou dos que não conhecem aquele gestor.
Semana passada vi um apelo de um deputado para que o governo federal assumisse de vez a BR-232 antes que mais vidas fossem ceifadas em acidentes fatais naquele trânsito infernal, principalmente em dias de pico. E olhem que o trânsito está bem menor, em função das quarentenas e semi-lockdown que acontecem em todo estado.
Vimos, também, uma série de postagens feitas pelo Blog do Magno Martins, onde os leitores enviam fotos das estradas mais precárias e apelam para as providências antes que aumente a criticidade dessas rodovias. Não temos que esperar por mais acidentes e mortes, estamos tratando de vidas que poderão ser ceifadas pela irresponsabilidade do poder público. Essa semana vimos às fotos de verdadeiras crateras que se encontram na estrada que liga Mundo Novo a Ouro Velho, no nosso vizinho estado da Paraíba, apenas para citar mais um exemplo.
O programa anunciou que começaria pela BR-232, talvez por ser a mais importante e, mesmo assim, não vimos muita coisa feita por ali. Imagine essas pobres coitadas que se encontram no fim do Estado. Tentando diminuir o nosso ceticismo com esse desgoverno vamos aqui fazer um desafio: diferentemente do que pediu o Magno Martins, se alguém tiver visto ou tomado conhecimento de algum benefício em nossas estradas estaduais, a partir da criação do programa, divulguem para que tomemos conhecimento.
Em nossa humilde visão esse é mais um daqueles programas que a verba é consumida e as obras vão para as cucuias. A verba, como de costume toma o mesmo destino das estradas e a população continuará a ver navios, ou melhor, caixões, haja vista a ausência de resposta do governo, aliada a incoerência, irresponsabilidade e falta de compromisso com aqueles que acreditaram no seu trabalho e lhe renovaram o mandato por mais quatro anos. ESSA CULPA NÓS NÃO CARREGAMOS.
