O crime ocorreu no interior do estado do Amapá e foi cometido, segundo denúncias da Funai por um grupo de sicários fortemente armados, que não só invadiu mas também ocupou a aldeia indígena.
“Mais um ataque brutal aos povos indígenas e dessa vez a vítima é o povo Wajãpi, no Amapá”, assinala a nota do PSOL, que alerta para uma . “grande ameaça de banho de sangue se não houver uma imediata intervenção do Estado brasileiro”.
Segundo os ecossocialistas, o ataque “é mais um da série de violências que os povos indígenas do Brasil vêm sofrendo desde o dia em que Bolsonaro ganhou a eleição em 2018”.
O PSOL denuncia que o desrespeito aos direitos dos indígenas “decorre diretamente do discurso e da prática criminosa do governo Bolsonaro, que claramente se coloca contra os povos originários e estimula a invasão das terras ancestrais e das unidades de conservação por grupos mineradores, madeireiros, grileiros de terras da União, todos interessados na exploração ilegal e predatória das riquezas da floresta”.
Veja na íntegra:
“Os povos indígenas foram vítimas de mais um ato de violência essa semana. O cacique Jorginho Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, no estado do Maranhão, foi assassinado covardemente. Segundo lideranças do povo Guajajara, o corpo de Jorginho foi encontrado na manhã do domingo (12/8) na entrada do município de Arame (MA), cuja sede faz limite com a Terra Indígena. Jorge era cacique da aldeia Cocalinho I, do povo Guajajara.
De acordo com lideranças Guajajara, nenhuma providência foi tomada por órgãos públicos até agora. Para combater a invasão de seus territórios e a degradação de suas florestas, os Guajajara têm se organizado em grupos de proteção territorial chamados de “guardiões da floresta”, que também fazem a vigilância contra madereiros e caçadores. O grupo ainda busca proteger, dos invasores, índios Awá Guajá isolados que vivem na região.
Jorginho era um lutador em defesa das florestas, conforme atesta nossa companheira Sônia Guajajara, candidata em nossa chapa presidencial. “Estamos pagando com nossa própria vida o preço pela defesa das nossas matas, o que deveria ser responsabilidade do Estado. Isso tem que ter fim. Chega de violência contra nossos povos”, afirma Sônia. O PSOL se solidariza com a povo Guajajara e com todos os parentes da Terra Indígena Araribóia. Exigimos apuração desse crime covarde e justiça.
Executiva Nacional do PSOL
São Paulo, 16 de agosto de 2018″.
AsCom