A recente escalada de violência contra prefeitos no Sertão de Pernambuco acendeu um alerta que vai além das questões de segurança pública. Dois incidentes graves marcaram a região: em Sertânia, o prefeito Ângelo Ferreira foi esfaqueado por um desafeto político, e em Trindade, a prefeita Helbinha Rodrigues foi vítima de uma tentativa de esfaqueamento.
Mesmo que o agressor de Ângelo Ferreira continue foragido e o de Helbinha Rodrigues tenha sido preso, esses ataques trazem à tona um cenário preocupante de insegurança na política local. Os atentados, mais do que ameaças pessoais, representam uma afronta direta à democracia e à ordem pública, desestabilizando as administrações municipais e prejudicando o desenvolvimento dos municípios.
A violência política, em qualquer nível, impacta não apenas as vidas dos envolvidos, mas também a sociedade como um todo. O risco de ataques a líderes eleitos compromete a governabilidade e desvia o foco da gestão pública, gerando instabilidade e incerteza. Em um cenário de insegurança, decisões importantes para o progresso da região ficam comprometidas, dificultando a execução de políticas públicas essenciais.
A resposta a esses episódios de violência precisa ser firme e eficaz, tanto por parte das autoridades de segurança quanto do sistema de justiça. Mais do que uma questão policial, o que está em jogo é a preservação do Estado de Direito e a garantia de que o exercício do mandato, uma manifestação direta da vontade popular, seja protegido de qualquer tipo de ameaça.
Em um momento em que a democracia brasileira busca consolidar-se com mais solidez, é fundamental que ataques como esses sejam tratados com a devida seriedade. A segurança dos agentes públicos, especialmente em áreas mais vulneráveis como o Sertão de Pernambuco, deve ser uma prioridade constante, com ações preventivas e punitivas rigorosas para garantir que a violência não se sobreponha à voz das urnas.