A recente ruptura da Federação União Progressista, formada pela fusão entre União Brasil e Progressistas, criou um novo obstáculo para Miguel.
O grupo, que antes poderia servir como ponte para levá-lo ao palanque do PSB estadual, agora tende a reforçar a base da governadora Raquel Lyra (PSDB), com quem o Progressistas já tem alinhamento.
Portanto, a articulação de Miguel com o presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, perdeu força diante do rearranjo político.
Com a liderança estadual sob o comando do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), aliado da governadora, o espaço de Miguel dentro do União pelo Brasil foi reduzido. A tendência é que a federação siga caminho próprio em 2026, distante da estratégia pessoal do ex-prefeito sertanejo.
Disputa pelo Senado
Além disso, Miguel encara forte concorrência na corrida ao Senado.
Marília Arraes (Solidariedade), com alto recall eleitoral e ligação com João Campos (PSB), desponta como favorita. O senador Humberto Costa (PT) também surge com chances, caso mantenha apoio de PSB e PT no próximo pleito.
Outro nome relevante é o do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), que conta com respaldo direto do presidente Lula.
Com apoio restrito ao Sertão e sem base consolidada, Miguel precisa redesenhar sua estratégia. Caso não consiga novas alianças, tende a perder protagonismo como opção viável ao Senado em 2026.