Em entrevista à Rádio Grande Serra nesta quarta (29), o prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, falou sobre a homologação do concurso público 0002/2024, que vai nomear 112 aprovados. O anúncio oficial foi feito na última segunda (26), durante uma live no Instagram do gestor.
Segundo Evilásio, a primeira homologação, feita em dezembro, teve que ser cancelada por orientação do Ministério Público, que identificou problemas no processo. Depois dos ajustes recomendados, o MP deu sinal verde. “Eles corrigiram tudo e disseram: ‘Prefeito, agora pode homologar’. Fiquei feliz, porque quem passou no concurso agora vai garantir seu emprego”, disse.
Mas pra colocar os aprovados na ativa, a Prefeitura vai ter que fazer cortes e readequações, como a demissão de cerca de 300 contratados e comissionados. “Não adianta chamar servidor efetivo se não tiver como pagar. A gente vai nomear mais de 112 concursados, mas pra isso precisa enxugar a folha”, explicou.
O prefeito também falou da diferença de custo entre contratados e efetivos. Enquanto o contratado custa menos por causa da contribuição ao INSS, o efetivo pesa mais nos cofres, já que a contribuição patronal para o Arariprev é maior. “Um contratado custa uns R$ 1.080 com encargos. Já o efetivo sai por R$ 1.500. Isso exige mais demissões do que contratações pra manter o equilíbrio”, disse Evilásio.
Outras medidas de economia também foram anunciadas: suspensão de diárias e de servidores cedidos. “Tudo pra manter o equilíbrio fiscal e seguir as regras do Tribunal de Contas e do Ministério Público. São cortes duros, mas necessários”, concluiu.
A gestão segue tentando ajustar as contas pra garantir os direitos de quem passou no concurso e manter a saúde financeira do município.