A pedido da população, nossa reportagem registrou com exclusividade o absurdo que acontece no abastecimento de água na cidade de Santa Filomena, o que revela o tratamento da Compesa para com a população filomenense. Veja no vídeo em alta definição, todos os detalhes da denúncia.
A Barragem Paulo Coelho fica situada em propriedades particulares entorno da pista de terraplanagem (PE-630). Construída pelo Departamento de Estradas e Rodagens (DER/Governo do Estado) há mais de quarenta anos o bem nunca recebeu qualquer tipo reforma ou limpeza pelo Governo, embora a Compesa faça uso da água há algumas decadas. Embora seja um dos maiores mananciais de água do município, sua água é salgada e colorada. Portanto, não potável. Quando cheia a barragem se estende por quilômetros. Mas não ‘sangra’ todo ano. Atualmente a Barragem está praticamente vazia e com a água cor de lama; muito escura.
Mesmo semivazia e com água muito colorada, a Compesa continua tirando o precioso líquido que também é utilizado na agricultura familiar e criação de animais, pelos agricultores donos das terras.
O município tem água encanada do Rio São Francisco, através da Adutora do Oeste. Mas “a Compesa não distribui água do Rio para economizar”, segundo os moradores. Muitas pessoas não utilizam a água no consumo humano. Compram água mineral ao preço de R$ 10 (dez reais) o galão de 20 litros e ainda tem que pagar o boleto da compesa de aproximadamente R$ 60 (sessenta reais) por 10 m³ de água. E quem pode comprar água mineral para beber; como fica? Nos últimos meses quase não chega água na torneira. As vezes os moradores passam semanas na seca. “Deve ser para racionar”, questionam os moradores.
Até a postagem desta matéria não conseguimos contato com a gerência regional da Compesa. O espaço fica a disposição da empresa para esclarecimentos.
Texto e fotos: Charles Araújo