O Papa Leão XIV, eleito em maio deste ano, afirmou que pretende manter a linha de reformas iniciada por seu antecessor, o Papa Francisco, mas deixou claro que não haverá alterações na doutrina da Igreja Católica em temas relacionados a fiéis LGBTQIA+ e à ordenação de mulheres.
Em entrevista concedida em julho — parte de uma biografia que será publicada ainda este ano —, o pontífice reforçou a mensagem de acolhimento defendida por Francisco, repetindo a máxima de que “todos, todos, todos” são bem-vindos na Igreja.
Continuidade com mudanças limitadas
Segundo Leão XIV, a presença feminina em cargos de liderança no Vaticano seguirá ampliada, como já vinha acontecendo nos últimos anos. No entanto, ele descartou a possibilidade de ordenação de mulheres ao sacerdócio ou mesmo ao diaconato.
Quanto às questões ligadas à comunidade LGBTQIA+, o Papa reforçou a necessidade de diálogo e proximidade pastoral, mas afirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo não será reconhecido pela Igreja.
Expectativa entre fiéis
A declaração de Leão XIV gerou reações distintas. Enquanto setores mais conservadores veem com bons olhos a manutenção da doutrina, fiéis progressistas e movimentos de renovação dentro da Igreja esperavam avanços maiores, especialmente no reconhecimento do papel das mulheres e no acolhimento efetivo da comunidade LGBTQIA+.
O novo pontificado
Robert Francis Prevost, agora Papa Leão XIV, nasceu nos Estados Unidos e tem 69 anos. Sua eleição foi interpretada como uma escolha de continuidade em relação ao Papa Francisco, mas com limites claros sobre até onde as reformas podem chegar.
A publicação completa da entrevista será lançada em formato de livro pela Penguin no Peru, trazendo mais detalhes sobre a visão e os planos do novo pontífice para os próximos anos de seu pontificado.