Os 13 melhores episódios de Chaves

Chaves é, tranquilamente, um dos programas mais populares na história da televisão aberta brasileira. Quem cresceu entre os anos 1970 e 2000 dificilmente não assistiu a pelo menos alguns episódios e...
Os 13 melhores episódios de Chaves

Chaves é, tranquilamente, um dos programas mais populares na história da televisão aberta brasileira. Quem cresceu entre os anos 1970 e 2000 dificilmente não assistiu a pelo menos alguns episódios e conhece um ou outro bordão do seriado mexicano criado por Roberto Gómez Bolaños.

“Era melhor ter ido ver o Pelé”, “não quer entrar e tomar uma xícara de café?”, “conta tudo para sua mãe, Quico”, “pipipipipi” — neste último caso, é como Chaves costuma chorar. São inúmeros os momentos inesquecíveis da série.

Abaixo, o IGN Brasil elegeu os 13 melhores episódios do programa, sem ordem de preferência. É claro que, por se tratar de uma série de comédia, a ideia de “melhor episódio” é extremamente subjetiva. Sinta-se à vontade para compartilhar os seus favoritos na sessão de comentários.

Observação: Muitos episódios são divididos em partes, como Vamos Todos a Acapulco e Era Uma Vez Um Gato. Nestes casos, consideramos a soma das parte como apenas um episódio. Agora sim, vamos lá:

A Casa da Bruxa (1975)

Como se esquecer da primeira vez em que Chaves, Chiquinha e Quico entraram na casa da Bruxa do 71? Digo, Dona Clotilde. Todo aquele cenário que as três crianças imaginaram entrando na casa está entre os momentos mais impactantes, visualmente, na história de Chaves. Não bastasse todo o cuidado artístico, a cena ainda traz uma das piadas mais conhecidas do programa. “Quem está aí?”, pergunta a Bruxa imaginada pelo grupo. “Outro gato”, responde o assustado Chaves em voz alta, tentando se passar por um gato, sem muito sucesso.

O Primeiro Dia de Aula (1975)

As duas partes do episódio O Primeiro Dia de Aula são incríveis, mas a segunda marcou ainda mais a memória dos fãs. Afinal, trata-se do capítulo em que o Seu Madruga é obrigado a tomar conta das crianças na escola e decide ensinar algumas lições.

O episódio se destaca entre os situados na sala de aula, principalmente, porque as lições do Seu Madruga estão longe de ser algo normal.

Os significados que o desenho de uma caveira indica em diversos contextos e também o momento no qual ele decide ensinar sobre frações, fazendo Quico sentir toda a dor de ser atropelado por um trem imaginário, são um marco na história da série.

Era Uma Vez Um Gato (1975)

Mais uma vez, temos um episódio duplo. Aqui, de novo, o destaque fica para a segunda parte, em que Chaves é julgado por ter atropelado o gato do Quico. O Professor Girafales assume o papel de juiz, Seu Madruga é o advogado do Chaves, Quico é o Promotor, Dona Florinda ajuda Quico e Chiquinha ajuda Seu Madruga com a defesa do Chaves.

O cenário, evidentemente, tem tudo para dar errado. Girafales precisa ter muita paciência para liderar este tribunal, em que ofensas pessoais se colocam acima dos fatos a todo momento. Algo não muito distante do debate político no Brasil contemporâneo.

Ao final, aliás, o juiz (Girafales) acaba se entregando à corrupção após ter prometido que jamais o faria, quando percebe que uma acusação do réu (Chaves) pode prejudicar um objetivo pessoal dele (conquistar Dona Florinda).

A Morte do Seu Madruga (1975)

Em um dia no qual todas as pessoas perguntam se o Seu Madruga está se sentindo bem, ele passa a acreditar que há algo de errado consigo. Eventualmente, com a ajuda do atrapalhado Chaves, ele passa a acreditar que todos na vila irão matá-lo.

O episódio consiste em Chaves se infiltrando entre os demais para descobrir o que planejam fazer com o Seu Madruga e contando para o pai de Chiquinha todos os planos maléficos do grupo. As informações picotadas rendem algumas situações impagáveis.

Contudo, talvez o momento mais icônico deste episódio seja quanto Chaves diz ao Seu Madruga que o homem precisa ser “feio, forte e formal”. Em seguida, o garoto completa: “e pro senhor acho que só está faltando apenas ser forte e formal”.

Tocando Violão (1975)

“Quero ver, outra vez, seus olhinhos de noite serena”. Esta música, cantada de maneira complementar por Seu Madruga e Professor Girafales, em locais distintos, é conhecida entre todos os fãs do seriado.

As crianças, principalmente Chaves e Quico, ficam impressionadas com o violão do Seu Madruga e não demora para que queiram aprender a tocar o instrumento. Eventualmente, na cada de Dona Florinda, o Professor Girafales diz que já teve “alunos bons, regulares, maus, péssimos… E o Quico”.

É impressionante como os episódios em que tiram sarro do Quico tendem a estar entre os melhores da série. Este é mais um deles.

O Ladrão da Vila (1976)

Até hoje acho difícil assistir ao episódio em que todos na vila se reúnem em volta de Chaves e começam a xingá-lo de ladrão. O garoto é acusado injustamente de ter roubado um ferro de passar roupa e acaba sendo obrigado a deixar a vila.

Não demora para que os moradores da vizinhança comecem a sentir falta de Chaves e, eventualmente, acabam aceitando ele de volta. Ao final do episódio, o protagonista diz que nunca rezou para que encontrassem o ladrão enquanto esteve fora. Apenas desejava que esta pessoa se arrependesse e encontrasse um novo caminho. O ladrão ouve falar desta prece e devolve tudo que roubou, em um dos episódios mais emocionantes do programa.

Festival da Boa Vizinhança (1976)

Quatro episódios contam a história deste tópico, que vamos chamar de Festival da Boa Vizinhança. Nesta festa, as crianças da vila fazem uma apresentação teatral para os adultos ao longo de alguns dos poucos capítulos em que praticamente todos os personagens estão presentes — até mesmo aqueles interpretados pela mesma pessoa (como Nhonho e Seu Barriga ou Pópis e Dona Florinda).

Talvez o momento mais famoso destes episódios seja a cena em que Quico decide recitar um poema dedicado à própria mãe mas é constantemente atrapalhado por Chiquinha e Chaves. A dupla complementa as rimas de Quico tirando sarro dos sentimentos excessivos que marcam a poesia.

Destaque para Quico dizendo: “mamãe querida, meu coração por ti bate” e as crianças complementando: “como dente de alicate/como sinos de chocolate”.

O Filme de Terror (1976)

Chaves, Quico e Chiquinha só queriam assistir a um filme de terror, mas a tarefa acaba se mostrando mais complicada do que parecia. Dona Florinda, por exemplo, os impede de continuar acompanhando um filme promissor porque Quico estava de castigo e, portanto, a solução encontrada pelas crianças acaba sendo compartilhar histórias de terror apenas falando. Em mais de uma ocasião, Isso leva Chaves ao famoso piripaque.

O episódio começa como qualquer outro, mas toma um rumo inusitado do meio para frente, com a vila muito mais escura. A primeira história de terror contada por Chiquinha está entre os melhores momentos do capítulo, já que Quico acaba acompanhando, coincidentemente, tudo que Chiquinha fala sobre um monstro fictício e apavora Chaves sem querer.

Posteriormente, todos na vila começam a tomar sustos. Dona Florinda desmaia após ver um fantasma, Dona Clotilde desmaia após ver Chiquinha de máscara e até mesmo Quico cai inconsciente pelo mesmo motivo.

O Disco Voador (1977)

Para evitar Seu Barriga, Seu Madruga combina um código com as crianças. Sempre que Seu Barriga chega perto, elas gritam: “já chegou o disco voador”. Sempre que ele se vai, elas gritam: “já se foi o disco voador”.

A regra é simples, na teoria, mas é óbvio que tudo dá errado. Seu Madruga acaba ouvindo frases que faziam sentido dentro de um outro contexto e obedece aos comandos arriscando um encontro com o dono da vila.

Se em algum momento você viu alguém falando aleatoriamente alguma das duas frases relacionadas ao disco voador descritas acima, saiba que foi daqui que tiraram a ideia.

Refrescos Numa Fria (1977)

Refrescos Numa Fria é o segundo episódio da tríade que conta como Chaves começou um negócio próprio: vender sucos. É claro que o garoto não sabe, exatamente, como fazer suco, então, algumas situações acabam sendo bastante pitorescas.

Foi esta sequência de episódios que deu origem à frase: “parece de limão, é de groselha e tem gosto de tamarindo” quando Chaves se referia ao sabor de cada suco, uma das piadas mais conhecidas da franquia até hoje e prova irrefutável de que, na verdade, Dona Florinda estava certa quanto ao medo de que Quico consumisse os produtos do Chaves.

Vamos Todos a Acapulco (1977)

Era óbvio que os episódios da viagem até Acapulco apareceriam na lista, uma sequência que rendeu frases inesquecíveis até mesmo de personagens com menor destaque, como o Profressor Girafales dizendo: “Somente uma vez eu me enganei. Uma vez que eu pensei estar enganado”.

Aliás, estes episódios contam com algumas curiosidades que os tornam enigmáticos dentro da história da série. A dublagem, por exemplo, não foi gravada de uma só vez, o que levou a certas confusões.

Às vezes, os personagens se referem a Acapulco usando o nome da cidade, de fato. Em outras cenas, chamam Acapulco de Guarujá — tentando trazer maior proximidade com regiões brasileiras, presume-se.

Também há a lenda de que a música ao final do último episódio desta sequência seria uma despedida para Carlos Villagrán, que deixaria de interpretar Quico no seriado. A música em si é muito emocionante, por sinal.

Enfim, este talvez seja o episódio mais memorável de Chaves, justamente porque se diferencia dos demais tanto em ambientação quanto na maneira como chegou ao público do Brasil.

O Fantasma da Vila (1977)

Mais um episódio que mostra a vila à noite ganha destaque na nossa lista. Seu Barriga, cansado de ser recebido com uma pancada sempre que vai cobrar o aluguel, decide assustar Chaves se vestindo de fantasma após ter fingido a própria morte.

Contudo, os planos dele acabam sendo arruinados pelos moradores da vila, que reagem de forma violenta ao primeiro fantasma que os visita (Professor Girafales) e estão ainda mais preparados quando Seu Barriga de fato tenta agir.

Girafales, é claro, não havia se disfarçado de fantasma para visitar a vila. Ele simplesmente iria cantar uma música para Dona Florinda, mas acaba sendo confundido com um fantasma. Aliás, nunca nos esqueceremos da cena em que Dona Florinda aparece com uma espingarda e atira para cima, assustando os músicos que acompanhavam Girafales.

Vamos ao Cinema (1979)

O único episódio da era pós-Quico que entrou para a nossa lista foi o clássico capítulo no qual os moradores da vila decidem ir ao cinema e Chaves reclama do filme que está assistindo, dizendo: “era melhor ter ido ver o Pelé” — muitas vezes.

Se em algum momento da vida você ouviu alguém dizendo esta frase quando se referia a algo chato, foi deste episódio que veio a ideia. Assim como o episódio de Acapulco, ainda que em menor escala, este episódio também marcou a memória dos fãs por levar os personagens a um contexto completamente novo e distante da vila.

Embora, é claro, eles acabem se colocando em situações igualmente problemáticas, mesmo no cinema. O Seu Barriga até mesmo aparece para cobrar o aluguel atrasado do Seu Madruga durante a sessão.

Categorias
Vídeos

Matérias de autoria independente (instituições e agências de notícias).
Sem Comentários

Publicar comentário

*

*

Pesquisa
Charles Araujo Editor

Descubra mais sobre Charles Araújo | Santa Filomena-PE

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading