Mais da metade das grávidas do Nordeste têm dúvidas sobre mitos da amamentação

Não é à toa que as gestantes ficam tão preocupadas com a produção do leite: o alimento é principal fonte de nutrientes para os bebês até os 6 meses de idade, além...

Não é à toa que as gestantes ficam tão preocupadas com a produção do leite: o alimento é principal fonte de nutrientes para os bebês até os 6 meses de idade, além de atuar na prevenção de doenças nos recém-nascidos. Em meio a tanta informação, o aleitamento materno pode gerar dúvidas nas mães, levando-as a crer, muitas vezes, em falsas estratégias para aumentar a quantidade de leite produzido.

A pesquisa “Como vai a alimentação das gestantes brasileiras? A mãe moderna e o desafio da nutrição equilibrada”, conduzida pelo IBOPE Conecta, a pedido de Pfizer e Nestlé, para entender os hábitos alimentares e nutricionais das gestantes do País, mostra que mais da metade das grávidas entrevistadas no Nordeste acredita ou não sabe que algumas crenças populares sobre o aleitamento materno são falsas. Entre as gestantes consultadas na região, 61% acreditam ou não sabem se comer canjica aumenta a quantidade do leite.

Já 45,7% acreditam ou se questionam sobre a influência da cerveja preta na amamentação.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), não há evidências científicas que comprovem que determinados alimentos aumentem a produção de leite[2]. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, ainda, que o consumo de bebidas alcoólicas seja suspenso durante a gravidez, a fim de prevenir o parto prematuro e a síndrome fetal[3]. A SBP reforça também que, para a manter a saúde de mãe e bebê durante a gravidez, é essencial manter uma alimentação saudável[4], já que há um aumento do gasto de energia para a produção do leite e um incremento na intensidade da atividade fisiológica e necessidades nutricionais para o desenvolvimento da criança.

No Nordeste, 88% das grávidas entrevistadas desconhecem a importância da suplementação vitamínica para suprir as necessidades do corpo durante a gestação, 5 pontos acima da média nacional (83%).

A OMS recomenda que as grávidas adotem a suplementação diária de ácido fólico e de ferro[5]. O primeiro atua no desenvolvimento placentário[6] e na formação do tubo neural do bebê[7], prevenindo possíveis malformações, como coluna aberta e anencefalia[8]. Já o ferro contribui para a produção de hemoglobinas e proteínas responsáveis pelo suprimento de oxigênio do organismo[9], além de auxiliar na prevenção da anemia na mãe e no bebê. A demanda pelo mineral crescerá cinco vezes do início ao fim da gestação[10].
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Charles Araujo Editor