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EMPATIA, SOLIDARIEDADE E QUARENTENA

Nos dias hodiernos percebemos a relevância que a empatia tem ganhado na sociedade, tendo em vista que outrora não se falava tanto nesse tema como acontece em nossos dias.

A empatia já foi concebida por muitos estudiosos e pessoas do senso comum como uma emoção agradável, sendo equiparada à bondade e a sensibilidade emocional, no entanto, empatia deve ser entendida de forma mais profunda, como um ideal que tem o poder de transformar as relações humanas. Alguns estudiosos como Roman Krznariz, traz-nos um conceito mais adequado de empatia, diz-nos que esta “seria a arte de se colocar no lugar do outro por meio da imaginação, compreendendo seus sentimentos e perspectivas, usando essa compreensão para guiar as suas próprias ações”. Neste sentido, percebemos que a empatia é algo distinto de compaixão e piedade por alguém, isso porque aquelas não têm o objetivo de compreender as emoções e o ponto de vista do outro como faz a empatia

Adam Smitch, filósofo escocês, já falara de empatia desde o século XVIII, ele escreveu que a “nossa sensibilidade moral origina-se de nossa capacidade mental para realizar a troca de lugar com o sofredor na imaginação” e, vale acrescentar, isso é aplicado tanto na esfera emocional ou psicológica quanto na concretização de ações.

Nos dias atuais, sobretudo devido ao enfrentamento da Pandemia, precisamos pensar nesta temática e nos questionar: estamos sendo empáticos e solidários com as dores e necessidades do outro? Quais ações tenho tomado para minimizar os impactos trazidos pelo distanciamento social nesse período?

Sabe-se que nesse período de quarentena muitos de nós sentimos medos, ansiedade, tristezas, angústias, carências, etc. todos esses capazes de agravar casos de estresse, depressão, dentre outros e, nessa perspectiva, precisamos colocar-nos no lugar do outro e tentar ajudá-lo, seja através de um diálogo – mesmo que à distância – tentando ouvi-lo ativamente e compreendendo as suas inquietações trazidas pelo momento, seja de forma material, visto que um bom número de pessoas sofre os efeitos da escassez de alimentos e outros itens básicos à sobrevivência. Para sermos solidários e colocarmos a empatia em prática, precisamos estar atentos principalmente àqueles que estão mais perto de nós: nossos vizinhos, colegas de trabalho e até mesmo familiares que na maioria das vezes sofrem sozinhos a solidão trazida pelo distanciamento social.

Tentemos, portanto, ser empáticos e solidários, compreendendo ao outro e colocando-nos em seu lugar, para que assim possamos juntos atravessar e superar esse momento terrível com mais empatia, solidariedade, leveza e união.

DANILO RIOS MACEDO
Filósofo – PUC Minas / Bacharelando em Direito – UniFTC

FILÓ NOTÍCIAS by Charles Araújo
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