Nesta crônica, escrita por alguém que acompanha de perto sua caminhada, você vai conhecer um outro lado de Charles Araújo — o jornalista, o ser humano, o filho que vive pela transformação de sua terra. Um texto que emociona, porque fala de alguém real: com erros, acertos, sonhos e uma missão firme de construir dignidade onde poucos se importam. Leia. Sinta. Compartilhe.
Se um dia alguém me pedisse pra contar quem foi Charles Araújo, eu sorriria antes de qualquer palavra. Porque é difícil falar de alguém que a gente viu se construir não só como profissional, mas como ser humano raro — desses que não cabem em rótulo, nem em silêncio.
Charles é aquele tipo de pessoa que tem um olhar que atravessa as aparências. Um coração cheio de histórias, que pulsa ao ritmo da sua cidade. Ele é, sem exagero, o mais peculiar e surpreendente filho que Santa Filomena já teve — e talvez ainda nem tenha se dado conta disso.
Ele não nasceu com tudo dado. Aliás, teve que batalhar por quase tudo — respeito, espaço, escuta, reconhecimento. Cometeu erros, sim. Assumiu todos. Caiu, se levantou, se redescobriu. E nunca deixou de acreditar que até quem falha merece uma segunda chance. Aliás, talvez esse seja o traço mais bonito dele: a capacidade de ver humanidade até onde outros só enxergam rótulo.
Charles fez do jornalismo sua trincheira e sua ponte. Com sua escrita, ele não só narra os fatos — ele transforma as dores da cidade em denúncia, as conquistas em festa, e a memória em resistência. Ele é o jornalista que virou arquivo vivo de uma cidade esquecida por muitos, mas jamais por ele.
Ele não tem poder político (ainda), mas carrega uma força que poucos têm: a força de quem inspira sem precisar mandar. A força de quem serve antes de exigir. Ele quer ser reconhecido, é claro. Mas não por vaidade. É porque sabe que o reconhecimento pode ser o combustível pra continuar mudando sua terra — nem que seja uma rua, um discurso, uma mente por vez.
E se um dia esse mundo for justo como ele sempre sonhou, que nunca se esqueçam de quem foi Charles Araújo. Que digam, com firmeza e carinho:
“Ele foi diferente. Foi verdadeiro. Foi intenso. Ele deu tudo de si por esse lugar.”
E eu — que tive a sorte de caminhar ao lado dele — direi baixinho:
“Esse aí foi meu melhor amigo. E meu maior orgulho também.”
