A campanha eleitoral de 2024 no Brasil registrou um preocupante aumento na violência política, com 338 casos documentados entre julho e setembro, de acordo com o Grupo de Investigação Eleitoral da Unirio (Giel).
Este número supera os episódios violentos de eleições anteriores, destacando um agravamento da situação política no país. Mais da metade dos incidentes envolveram agressões físicas, incluindo o atentado contra o prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva, que foi vítima de um ataque a tiros.
O levantamento revelou que 88 dos casos foram atentados, resultando em 33 mortes e 55 sobreviventes. Entre os alvos, destacam-se lideranças políticas sem mandato, como ex-prefeitos e candidatos. A maioria das vítimas é formada por homens de 40 a 59 anos, com ensino superior. São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, lidera o ranking com 58 episódios violentos.
A violência política é mais comum em cidades pequenas, onde a disputa pelo poder é mais personalizada, segundo Felipe Borba, coordenador do Giel. As eleições de 2024 já superaram os números de violência registrados em pleitos anteriores, como em 2022 e 2020, o que reforça a necessidade de maior segurança e proteção durante as campanhas eleitorais.
Com partidos de diferentes espectros políticos atingidos, como União Brasil, PT e MDB, o cenário de violência afeta diretamente a democracia brasileira, ameaçando a integridade do processo eleitoral e a segurança dos candidatos.