O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) previsto para 10 de julho será de apenas R$ 3,2 bilhões. O valor representa queda de mais de 50% em relação ao primeiro decêndio de junho, quando foram repassados R$ 6,82 bilhões às prefeituras.
Municípios no limite
A redução preocupa especialmente os pequenos municípios, que dependem quase exclusivamente do FPM. Prefeitos relatam falta de recursos, orçamentos deficitários e dificuldade para manter serviços básicos. “Estamos operando no vermelho”, disse um gestor do Nordeste, que não quis se identificar.
Cortes em análise
Para tentar conter a crise, prefeitos já estudam medidas impopulares, como cortes de gratificações, suspensão de benefícios, congelamento de salários e demissões. Essas ações, embora ainda em avaliação, podem se tornar inevitáveis em várias regiões.
Pressão sem resposta
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e federações estaduais pressionam o governo federal por medidas emergenciais. Até agora, não houve resposta oficial da União.
Consequências diretas
A população também sente os efeitos. Obras podem parar, escolas e unidades de saúde podem ser afetadas e programas sociais suspensos. O futuro de centenas de municípios segue incerto.