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“Os alimentos precisam ficar de fora do tarifaço americano” defende Guilherme Coelho diante de representantes do Governo Federal e do agronegócio

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O Governo Federal iniciou, nesta terça-feira (15), em Brasília, uma série de reuniões com os setores produtivos brasileiros para definir estratégias de negociação e reversão das tarifas de 50% impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos do Brasil.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Guilherme Coelho, foi o representante da fruticultura exportadora no encontro com o agronegócio.

As reuniões com os setores produtivos foram organizadas pelo comitê de trabalho interministerial, liderado pelo vice-presidente e ministro da Industria, Geraldo Alckmin, para negociar com o governo norte-americano.

Foram recebidas empresas que exportam suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescado.

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Guilherme Coelho destacou o clima de insegurança vivido pelos fruticultores a véspera da colheita da safra de manga. “Estávamos com a expectativa de exportar quase três mil containers de manga nesta próxima safra.

Agora, os produtores estão inseguros e temorosos, pois já se organizaram para exportar para os Estados Unidos; compraram as embalagens, acertaram com os distribuidores. E não é possível redirecionar essa produção para a Europa ou mercado interno sob o risco de colapsar os dois mercados”, alertou.

Segundo a Abrafrutas, o Estados Unidos absorveu 7% do volume total exportado de frutas pelo Brasil em 2024, o que representa 12% do faturamento total da exportação de frutas no ano. No que se refere a comercialização de mangas, os americanos consumiram 14% do volume exportado ano passado, o que representa 13% do faturamento total.

Alimentos de fora do tarifaço

O presidente da Abrafrutas defendeu que os alimentos sejam deixados de fora do tarifaço “Não é justo e razoável taxar alimentos. A aplicação de 50% nas tarifas trará prejuízos enormes para os dois países.

Os americanos poderão ter que lidar com escassez de alimentos, inflação dos preços e até desemprego, já que a indústria de lá compra matéria prima brasileira para beneficiamento.

A laranja, por exemplo, é importada para produção de suco. Os prejuízos no Brasil também serão enormes, nossos produtores não terão mercado consumidor que absorva a sua produção e terão que demitir funcionários.

Estamos falando de milhares de famílias que poderão ficar sem renda, sem comida na mesa”, advertiu Guilherme Coelho.

FILÓ NOTÍCIAS by Charles Araújo
Fabio Lucas Carvalho
Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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