Em seus 30 anos de história política — desde a emancipação em 1995 até os dias de hoje — o povo de Santa Filomena, no Sertão de Pernambuco, já deixou bem claro que certos comportamentos não têm vez por aqui. A política local pode até ser movida por paixões e disputas acirradas, mas há três posturas que o eleitor filomenense aprendeu a rejeitar com firmeza.
1. O “pula-pula” partidário
Político que muda de lado com frequência, como quem troca de roupa, dificilmente cria raízes em Santa Filomena. O eleitorado já demonstrou que não confia em quem vive pulando de partido em partido, sem coerência ou convicção. Exemplos não faltam: vários vereadores e até vice-prefeitos que seguiram esse caminho acabaram perdendo espaço, influência e, no fim, sumiram do mapa político da cidade. Aqui, o eleitor prefere quem assume um lado e sustenta sua posição com lealdade.
2. A polêmica pela polêmica
Outro comportamento que o filomenense rejeita é o do político que vive de criar confusão, polemizar ou aparecer a qualquer custo. Quem aposta nesse estilo acaba desgastado — e rápido. A história mostra que figuras polêmicas, que agem mais para causar do que para construir, acabam sendo reprovadas nas urnas. Santa Filomena quer solução, não espetáculo.
3. A intolerância travestida de liderança
E talvez o mais grave: a intolerância. Houve, sim, um caso marcante em que um político assumiu o principal cargo do município com postura autoritária, tentando se impor à força. Resultado? A gestão não durou mais que quatro anos e deixou cicatrizes na memória popular.
Apesar dessas experiências servir de lição, ainda há quem insista em discursos inflamados e intimidadores para fazer o velho teatro da política de confronto. Mas o povo, embora muitas vezes seja atraído pelo ‘combate’, sabe diferenciar coragem de arrogância, e firmeza de autoritarismo.
A história política de Santa Filomena ensina, todos os dias, que quem deseja permanecer na vida pública precisa ter lado, ter respeito e, acima de tudo, ter coerência. Porque aqui, o povo observa — e cobra.
Por Charles Araújo