“De onde viemos e para onde vamos?”. Esse questionamento filosófico tem acompanhado a humanidade e a ciência há diversos períodos históricos. As respostas sobre esse mistério avançam a cada descoberta científica e a cada progresso que os pesquisadores fazem sobre a origem do planeta Terra.
Análises geoquímicas realizadas em meteoritos são estudos que auxiliam nessa busca e podem revelar evidências de bilhões de anos atrás, da formação do Sistema Solar. É o que cientistas querem analisar em um meteorito que caiu em Curitiba em 1977 e foi guardado por moradores do bairro Uberaba por todo esse tempo até dias atrás, quando a família decidiu procurar os especialistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Chuva de meteoros
As chuvas de meteoros acontecem quando uma quantidade muito grande de detritos, como restos de cometas e partes de outros planetas, entra em contato com a atmosfera em alta velocidade. A maior parte desses detritos é originária de uma região elíptica do Sistema Solar formada por inúmeros asteroides e localizada entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Normalmente, os meteoros são menores do que um grão de areia e se desintegram ao entrarem em contato com a atmosfera do planeta, não chegando a atingir a superfície. “Por dia, mais de uma tonelada de detritos cai na Terra. Nosso planeta é muito úmido e os meteoritos, quando conseguem sobreviver à queda, acabam sofrendo alterações, o que chamamos de intemperismo químico e físico”, explica Fábio Braz Machado, professor do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), diretor-secretário da Sociedade Brasileira de Geologia e tutor do Programa de Educação Tutorial (PET) Geologia.